Dicas de verão para cães
- Marcio Pontes
- 11 de jan. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de jan. de 2022
1. Nunca deixe o cachorro em locais muito abafados
Deixar o pet no carro ou em qualquer local abafado e sem circulação de ar, nem pensar! No verão, aumenta o risco de ele sofrer hipertermia, um aumento brusco da temperatura corporal, que ultrapassa a capacidade compensatória do organismo.
Nesses casos, o animal se mostra cansado, apresenta língua roxa (cianose), tem dificuldade para andar, respiração ofegante, vômitos e diarreias, chegando a convulsões e perda de consciência.
Ao notar essas alterações, uma das formas de como refrescar cachorro no verão é colocando gelo nas virilhas e axilas dele. Caso os sintomas continuem, siga para uma clínica de pronto-atendimento imediatamente. A hipertermia leva à disfunção dos órgãos, podendo causar a morte do pet.

2. Respeite os melhores horários para passeio
Mesmo nas demais estações do ano, é melhor evitar os passeios com o cachorro entre 10h e 16h, quando ocorre uma maior incidência de radiação UVB, a principal responsável pelo câncer de pele, que também atinge os pets.
Além disso, como explica a Dra. Karina Mussolino, “o asfalto pode causa queimaduras nos coxins, as almofadinhas das patinhas, nos momentos mais quentes do dia”. Em períodos mais quentes, limite-se ao passeio e evite a prática de outros exercícios físicos com o animal, afinal, cachorro sente calor, e muito!
3. Garanta sombra e água fresca
Em casa, na praia, durante as viagens ou os passeios, é muito importante que o pet tenha acesso à sombra e a áreas mais frescas. Conforme a situação, usar ar-condicionado, manter janelas abertas, garantir a oferta de sombras de árvores e guarda-sol também são formas de como diminuir o calor do cachorro. Já existe, inclusive, colchões climatizados, que gelam em contato com o corpo de animal e servem para refrescá-lo.
A água deve ser oferecida em abundância e estar sempre fresquinha. Durante os passeios, leve um cantil e faça pausas estratégicas. Já em casa, dê preferência aos bebedouros de cerâmica, que mantêm melhor a temperatura da água.
4. Atenção redobrada com filhotes, idosos, obesos e braquicefálicos
Em geral, cães idosos e filhotes têm mais dificuldade de suportar temperaturas elevadas. Da mesma forma, cães braquicefálicos (de crânio achatado e focinho curto) e/ou obesos têm maior tendência a apresentar problemas respiratórios e mais dificuldade para perder calor. Especialmente com esses animais, fique atento a qualquer sinal de cansaço e respiração mais ofegante.

5. Mantenha a carteira de vacinação e vermifugação em dia
A dica vale para o ano todo, mas, no verão, segundo a Dra. Karina, o contato entre os pets costuma ser maior, já que eles saem mais para passear. Por isso, além de manter vacinação e vermifugação em dia, o controle de ectoparasitas (pulgas e carrapatos) também merece atenção nesta estação.
No que diz respeito às vacinas, a veterinária chama a atenção para o aumento do risco de o pet contrair leptospirose, doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos e que vive muito bem nas áreas alagadas dos períodos de chuva. As vacinas múltiplas (V8 ou V10) são eficazes na prevenção dessa e de outras doenças.
6. Faça a prevenção da dirofilariose
O verme do coração é outro motivo de preocupação no verão, sobretudo para quem vai viajar com o pet para o litoral e tem dúvidas de como cuidar do cachorro. A boa notícia é que já se pode contar com uma vacina, que vem apresentando bons resultados na prevenção da dirofilariose.
Além disso, devido ao ciclo da doença, vermífugos também são eficazes para evitá-la. Converse com um veterinário e não deixe para fazer isso só na véspera da viagem!
7. Aposte no uso de repelentes para cachorros
O aumento da proliferação de mosquitos no verão também é um incômodo para os nossos filhos de quatro patas. Além de transmitirem doenças, como a dirofilariose e a leishmaniose, as picadas desses insetos também podem ocasionar coceiras e alergias.
8. Faça uso do filtro solar
Como já mencionamos, cães também estão sujeitos a desenvolver câncer de pele. Por isso, não deixe de aplicar filtro solar específico para animais no focinho, nas extremidades das orelhas e na barriga do pet — essa é uma das principais dicas de como cuidar de cachorro no verão.
Principalmente no caso de cães de pele e/ou focinhos claros, o ideal é fazer uso do protetor solar mesmo que o cachorro vá ficar em casa, reaplicando o produto diversas vezes ao dia.
9. Converse com um especialista sobre a necessidade de tosa
Tosar cachorro no verão pode ser uma boa forma de ajudar a refrescá-lo, principalmente no caso de raças originárias de locais frios, como São Bernardo e Husky Siberiano. Já para raças com muito subpelo, como Chow-Chow e Lulu da Pomerânia, a tosa pode fazê-los perder essa camada de proteção, o que não é recomendado.
Os pelos funcionam como um isolante térmico. Por isso, a dica é sempre aparar e nunca tosar completamente a pelagem do animal, o que aumentaria o risco de queimaduras de pele.
10. Não deixe o cachorro na piscina sem supervisão
Segundo a Dra. Karina Mussolino, os dados de atendimentos realizados pela Petz mostram um aumento considerável nos casos de afogamento nesta época do ano.
Ela explica que muitos pets sabem nadar, mas eles não conseguem sair da piscina sozinhos. Por isso é fundamental ter sempre alguém junto com eles, enquanto eles nadam, para retirá-los da piscina a qualquer sinal de cansaço.
Essas piscinas, quando não estão sendo usadas, devem ficar fechadas com lona ou grade de proteção. E não se esqueça de proteger as orelhas do pet com algodão ou tampões auriculares! Assim você evita que ele desenvolva otites.



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